domingo, julho 24, 2011


Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi.
Que eu não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou.


Dai, Senhor, que minha humildade seja como chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.


Que eu possa agradecer a vós,
minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas.

E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e ascender eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.