sábado, agosto 20, 2011


Vivendo com estilo











Ausência-Drumond

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
 

Carlos Drummond de Andrade

sábado, julho 30, 2011


Cócóricó








Enfim ... a hora do chá




Flores e mais flores




domingo, julho 24, 2011


A Procura

Andei pelos caminhos da Vida,
procurando meu signo.
Bati na porta da Fortuna,
mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama,
falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
a vizinha da frente me informou
que ela tinha se mudado sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza.
Ela me fez entrar: deu-me veste nova,
perfumou-me os cabelos,
fez-me beber de seu vinho.
Acertei o meu caminho.

Trecho do livro Mulheres de Aço e Flores

Achei esse trecho do livro muito lindo !
O livro eu não li, o achei em um blog que não me lembro o nome :P !
Acho que é quase uma prece para as bordadeiras ou aquelas que assim o dizem
 (como eu :D) !

Linhos e linhas nas linhas da alma.
O artesanato das mãos atingia
origens de nossas causas.
O que bordávamos no pano bordávamos
mesmo era dentro de nós.
Em cada desenho entrelaçado de linhas,
o entrelaçamento das tramas que
são próprias da vida real.
Os ciúmes,os desejos secretos,os
medos sem causa,os justificáveis.
Em cada linha e cor,um respiro de
esperança,um pedacinho de dor.
Sou mulher de bordados extensos.
Nunca temi a demora das tramas.
Enquanto isso envelheço.